15 de julho de 2019
São Paulo, junho de 2019 – Três dias antes de completar 71 anos, faleceu, em 28 de maio, Carlos Alberto Ruoppoli, vítima de metástase de um melanoma. Profissional atuante no setor gráfico, foi responsável pela implantação do plano de expansão de vendas da impressora Roland Pratica no Brasil, na década de 1980, ao lado de Mario Barcelos. Participou ativamente do nascimento e desenvolvimento da Afeigraf, posicionando-se como um dos que mais trabalhou para a realização e consolidação da ExpoPrint.
Paulistano, formado em Engenharia Mecânica e Administração, Carlos Alberto atuava no segmento de máquinas operatrizes até ingressar, no final de 1981, na Intergrafica Print & Pack, IPP, como gerente comercial. Iniciava-se uma parceria duradoura com Mario Barcelos, que já fazia parte do time e meses depois assumiria a presidência da Intergrafica. “O Carlos Alberto era muito organizado, detalhista, e conseguia colocar em ordem e dar forma aos projetos que eu esboçava. Foi peça-chave não só na disseminação da Roland Practica fabricada pela Man Roland no Brasil quanto, mais tarde, na introdução da Ryobi e de outras marcas japonesas no Brasil”, relembra Mario Barcelos. “Ele gostava de ajudar as pessoas, era um homem de fácil contato, nos completávamos muito bem”, acrescenta.
Foi como diretor da IPP/Ferrostaal que Ruoppoli uniu-se a executivos de outras 14 empresas para a fundação da Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica, Afeigraf, em março de 2004. Entusiasta da ideia da promoção de uma feira nacional à altura do potencial do mercado gráfico brasileiro, Carlos Alberto trabalhou intensamente para a realização da ExpoPrint Latin America, materializada em meados de 2006. Ele continuou a batalhar pelo sucesso do evento nas três gestões seguintes da Afeigraf, nas quais foi membro do conselho fiscal e do consultivo entre 2006 e 2012. “Carlos Alberto foi certamente um dos principais atores no processo de criação da entidade e da ExpoPrint. Acessível, inteligente e detentor de uma visão diferenciada, sempre tinha muito a contribuir, afora o bom humor ímpar”, rememora Eduardo Sousa, ex-presidente da Afeigraf.
No final de 2011, Ruoppoli encerrou sua trajetória profissional como diretor geral de operações de equipamentos da empresa na qual ingressara 30 anos antes. Voltou-se, então, à família que construiu ao lado da esposa, Beatriz. O casal teve três filhos, Ana Carolina, Maurício e Camila, que lhes deram quatro netos. “Faríamos 44 anos de casados em julho”, conta Beatriz. “Carlos tornou-se amigo pessoal de muitos empresários para os quais vendeu equipamentos. Depois que ele se aposentou, viajamos muito.” E Beatriz faz questão de frisar: “quero que todos saibam que ele morreu tão dignamente quanto viveu”.
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